
A safra 2025/26 começou a desenhar um cenário que exige maior vigilância dos produtores em relação às doenças que acometem a cultura da soja. Embora a ferrugem asiática tenha registrado diversos casos no Sul do Brasil nas últimas semanas, não há, até o momento, nenhum registro confirmado da doença em Mato Grosso. A informação é da pesquisadora e coordenadora do Laboratório de Fitopatologia da Fundação Rio Verde, Luana Beluffi, que reforça a importância do monitoramento constante neste período de transição climática.
Segundo ela, as condições observadas no Estado apresentam nuances em comparação ao ciclo anterior. O volume de chuvas ficou abaixo do registrado no ano passado e, além disso, a distribuição foi irregular, com algumas regiões acumulando bons índices e outras enfrentando precipitações inferiores ao ideal. Esse comportamento atípico resultou em picos de estresse hídrico, que marcaram o desenvolvimento inicial da safra.
Ainda assim, dezembro trouxe uma mudança importante no padrão climático. Dias consecutivos de nebulosidade, umidade elevada e chuvas mais frequentes começaram a predominar — um ambiente reconhecidamente favorável ao avanço de doenças foliares.
Nesse contexto, a pesquisadora destaca que os primeiros sintomas de mancha-alvo já podem ser observados em lavouras da região, reforçando o alerta para o principal desafio fitossanitário enfrentado pelos sojicultores mato-grossenses. Beluffi explica que a tendência é de aumento da pressão da doença nas próximas semanas, especialmente com o fechamento do dossel e a manutenção do clima úmido. Áreas que perderam o momento ideal da aplicação inicial devem redobrar a atenção, já que a severidade tende a evoluir de forma mais rápida ao longo de dezembro.
Embora a ferrugem asiática seja sempre tratada como uma ameaça de alto risco pelo potencial de danos, o calendário de semeadura da região norte de Mato Grosso tem contribuído para reduzir a probabilidade de infecções antecipadas. “A região sul do Estado pode sentir mais impacto por conta do escalonamento de plantio, influenciado pelas condições climáticas do início da safra”, explica a pesquisadora.
A Fundação Rio Verde mantém acompanhamento contínuo das lavouras e integra o Consórcio Antiferrugem, que compila e divulga oficialmente os registros de ocorrência da doença em todo o País. “Seguimos monitorando e informando qualquer alteração no cenário fitossanitário. O produtor deve manter visitas regulares às áreas, observar sintomas iniciais e ajustar estratégias de manejo conforme a evolução do clima”, reforça Beluffi.
Com a chegada das chuvas mais frequentes, a combinação de atenção, manejo adequado e monitoramento técnico torna-se decisiva para preservar o potencial produtivo da safra nas regiões de plantio.
Formação Médica Com credenciamentos inéditos, Hospital São Lucas dá passo histórico na formação médica em Mato Grosso
Show Safra Negócios Show Safra Negócios ganha protagonismo e consolida papel como polo de oportunidades no Show Safra MT 2026
Semana do Aviador Show nos ares: Semana do Aviador encanta público com inovação e demonstrações aéreas
Semana do Aviador 1º dia da Semana do Aviador cumpre objetivo técnico e abre espaço para experiência inédita da comunidade com aeronaves neste sábado
Semana do Aviador Semana do Aviador celebra tecnologia e capacitação no Show Safra Aero
Show Safra Mulher Show Safra Mulher 2026 — Protagonismo feminino no agro que transforma o futuro
Semana do Aviador Organizadores convidam população e setor produtivo a viver a Semana do Aviador em Lucas do Rio Verde
Show Safra 2026 Show Safra 2026 promete ampliar protagonismo com integração aérea e mais oportunidades para o agro
Monitoramento Monitoramento e manejo de pragas iniciais exigem atenção redobrada na safra 2025/26 da soja Mín. 21° Máx. 25°